Jeep Renegade vai passar a beber menos na versão híbrida
Grupo FCA vai investir R$ 38 bilhões em carros elétricos e híbridos nos próximos cinco anos, mas o híbrido não deve vir para o Brasil
A Fiat Chrysler (FCA) informou nesta segunda-feira (8) que irá produzir uma versão híbrida plug-in do Jeep Renegade para atender às regras mais rígidas de emissões. A existência do projeto foi antecipada por Autoesporte e inclui também um híbrido 1.0 mais simples. Enquanto isso, o mercado brasileiro terá apenas o facelift, sem motores turbo ou híbrido.
O projeto é parte da estratégia do Grupo que já havia comunicado, em junho, que investiria 9 bilhões de euros, algo como R$ 38 bilhões, em carros elétricos e híbridos nos próximos cinco anos. Outra promessa da FCA é eliminar gradualmente os motores a diesel, em carros de passeio na Europa, até 2021.
JEEP RENEGADE 2019 REESTILIZADO (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Segundo a agência Reuters, a FCA informou que o Renegade híbrido plug-in chegará ao mercado no início de 2020. O Jeep econômico será produzido na fábrica da FCA, em Melfi, no sul da Itália. É a mesma planta que já produz a versão a combustão do utilitário e o Fiat 500X. Em termos de investimentos, mais de 200 milhões de euros, ou mais de R$ 860 milhões, serão gastos no novo motor. Na fábrica italiana, os funcionários serão treinados para trabalhar com a nova tecnologia e o maquinário foi atualizado.
A FCA planeja também oferecer até 2022 um total de 12 sistemas de propulsão elétrica. Entre os produtos estão veículos elétricos a bateria (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e híbridos completos. Além disso, a marca também acrescentou que trinta modelos diferentes seriam equipados com essas tecnologias.
O movimento vai na contramão do que acreditava o ex-presidente-executivo da FCA, Sergio Marchionne, que se recusou por um bom tempo a adotar a eletrificação, dizendo que a tecnologia só o faria se a venda de carros movidos a bateria pudesse ser feita com lucro.
JEEP RENEGADE 2019 REESTILIZADO (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Polêmico, o ex-CEO chegou a pedir para que os clientes não comprassem o Fiat 500e da FCA, o único Fiat movido a bateria, porque a empresa estaria perdendo dinheiro com a venda daquele elétrico.
Contudo, o sucesso causado pela Tesla, bem como a aceitação de modelos como o Nissan Leaf no mercado Europeu, acabaram se alinhando com a necessidade da FCA obedecer as regras mais rígidas de emissões.
A onda verde forçou o ex chefão da Fiat a se comprometer com o que ele costumava chamar de “o mais doloroso” dos gastos. Marchionne morreu inesperadamente em julho. Agora, seu sucessor, Mike Manley, está cumprindo a promessa de continuar a estratégia estabelecida pela marca em junho. E que venham os elétricos.
Fonte: Revista Auto Esporte (Alexandre Ivo)
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